quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O mistério do Barão Parte 2


Abri a porta.
_ Antônio?
Não podia ser, o Antônio, que trabalha aqui com nós na fazenda, há mais de uns dez anos, com a veste do Barão.
_ Leopoldina, Lopoldina?!
_ O que que você tá fazendo aqui homem, desse jeito?
_ Sou o novo Barão disso daqui. -abriu os braços em tom arrogante.
Ele foi lá pra cima, lá pro qurto da Baronesa.
_ Pode rapar fora! -ele gritou com ela.
_ Mas o que é isto? - a Baronesa não tava entendendo nada.
Na mesma hora veio na minha cabeça, ele fez alguma coisa com o Barão e aquela carta não era do desaparecido Barão e mantido refém, alguma coisa dessa natureza.
_ Ô Antônio, o que você fez com o Barão? - eu gritei.
_ O que eu fiz? -ele apertou meu braço.
_ Me solta.
_ O que eu fiz eu nem me lembro, mas agora quem manda nessa bagaça sou eu! Baronesa, digo, agora você se chama Cristina, e não baronesa. Se apresse, saia dessa cama e vai por o uniforme de empregada.
Meu Deus, tava dando dó da coitada, tava agora servindo de empregada, e servia o Antônio, que agora nos mantia de prisioneiros e mandado os criados cercarem toda a estância.
_ Cristina, toque piano para mim -ele mandou.
_ Se você quiser você quem toque.
_ A é?! Então eu posso mandar decepar o Barão?!
_ Não, por favor.- ela gritou.
_ Me respeite então!
_ Eu faço tudo, mas não faça nada com ele. - ela disse.
Eu tinha que fazer alguma coisa, rápido, desci pro meu quarto. Mas, chegando perto da dispensa, ouvi gritos da Baronesa.
Subi rápido a escada, dois degraus de uma vez.
Ele tava rasgando os vestidos dela.
_ O que que você tá fazendo homem?
_ Eu vou acabar com a vida desse pessoal, de todos vocês. -era o segundo vaso que ele estraçalhava na parede da cômoda.
_ Abri aqui! -eram gritos lá de fora.
Será que era o Barão?!
Continua ...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O mistério do Barão


_Pode se retirar!- ela ordenou.
Ela estava agoniada, trancada no quarto à tres dias em que o Barão não dava notícias e a Baronesa já pensava em sequestro, atentado, suicidio e até fuga.Ninguém dessa redondeza - eu disse ninguém- sabe onde o bendito tá. Seu filho, já tá vindo até do estrangeiro. A familia do Barão já tá ficando todo mundo doido.
Todo santo dia, às seis, seis e meia, saiam dois bandos para vasculhar toda a Região do Café, eram milhas e milhas percorridas e nenhum sinal. Nada do sumido. Batia na porta:
_ Sim, pois não ?!
_ É eu tenho noticias do barão.
_ O que? Aonde que ele está?
_ Ele deixou esta carta no armazém da cidade.- ele estendeu a mão.
_ Me dá isso moço! -puxei da mão dele.
A carta, era mais ou menos assim:

Todos, com certeza devem estar sentindo minha falta, elementar que sim, porém eu fugi para o norte do Tocantins.
E vocês ?! Vocês que se danem! Estou indo com todo o meu dinheiro e pra vocês, se venderem a quase toda a mobília, dá pra viver no luxo no muito um mês. Até nunca mais.
Barão da segunda ordem da Regência.

Não podia ser! O Barão, com toda sua arrogância, nunca deixaria sua família na porta da rua. Subi rápido as escadas e levei pra dona Baronesa.
Ela leu.
_ Mas não pode ser. O meu marido escrever uma coisa assim.
A Baronesa não acreditava, ela tava abobada com a carta, com a mão na cabeça, aos prantos, pediu com que eu me retirasse do aposento dela de novo.
Batia novamente na porta, e da janela de vidro da sala de recepção, era a farda do Barão. Era ele !?
Continua ...